segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ser colorível


Se fosse pra definir a vida em cores, muitos diriam que ela é preta e branca. Esses são conhecidos como calculistas ou realistas, não interessa muito. Já os pessimistas diriam que a vida é cinza -um grande borrão de nada que acabará em nada. Os mais otimistas e sonhadores diriam que a vida é colorida e colorível.

A quem deveríamos dar ouvidos? Aos otimistas, é claro. Porque a vida é muito mais que a exatidão de um preto e branco. Vai muito além de um borrão cinza de nada. A vida é uma dádiva e viver plenamente é um presente irrecusável, assim como é colorir um desenho.

Não seguimos um destino, logo, podemos trilhar nosso próprio caminho. Nossos pés podem fazer com que sejamos reis, rainhas, servos, heróis, vilões. O que nós quisermos ser, podemos ser. Não é porque nasci plebeu que morrerei plebeu. Não é porque o papel é branco que permanecerá branco. As linhas da vida estão vazias para serem preenchidas. As folhas brancas estão aí para serem coloridas.

Do mesmo modo que nós não sentimos apenas ódio e amor, a vida não é preta e branca. Juntamente com o ódio vem a raiva, o rancor, a mágoa, a tristeza e inúmeros outros sentimetos ruins. Seguindo a mesma linha de raciocínio, com o amor vem a bondade, a alegria, a fé, a paz, a brandura… E são esses sentimentos secundários (e tão fortes) que fazem com que a vida ganhe cor.

E a vida ganha cor para que possamos apreciá-la. Para que, futuramente, não olhemos para ela e nos sintamos amargos e deprimidos pela ausência de felicidade que as cores trazem. Para que nossa vida seja muito mais que preto e branco ou um grande borrão cinza de nada. A vida ganha cor, porque é colorível e ser colorível é montar a sua própria vida.

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